Dia 03/11/17, seguimos de Alter por 26 quilômetros para conhecer a Praia de Ponta de Pedras que fica
numa pequena vila de pescadores e é um verdadeiro refúgio para quem quer sentir a sensação de estar em uma praia particular, longe do agito da Ilha do Amor ou das grandes cidades. Uma parte da praia é cercada por enormes
rochas escuras que dão nome ao lugar onde algumas pessoas armam as suas redes nas pequenas cavernas que nelas se formam para fugir do sol e
ao mesmo tempo aproveitam para se refrescar nas águas
transparentes do Tapajós. Também existem algumas barracas que servem comidas e bebidas, alem de uma boa presença de vegetação
nas margens do rio que ajudam a amenizar o calor e dar um clima bucólico ao local. Depois de conhecer este paraíso, seguimos por estradas
de terra para a Praia de Carapanari em busca de um local considerado imperdível e
referência para quem faz turismo em Santarém. Estamos falando do Restaurante Casa do Saulo, instalado num local com vista para a paradisíaca Praia de Carapanari, onde o próprio Saulo participa do atendimento no restaurante, e na cozinha elabora pratos requintados da culinária paraense, tudo às margens da imensidão do sublime Tapajós. A história
começou quando o Saulo construiu uma pequena cabana no local onde hoje funciona o restaurante e nos finais de semana convidava alguns amigos para experimentar os pratos que ele mesmo preparava. Os amigos então passaram a encomendar pratos e daí
surgiu a ideia de montar o restaurante que hoje funciona com um serviço de excelente qualidade, num ambiente temático de mata preservada com piscina e outros confortos que fazem do local um passeio imperdível. Como nesse dia o espaço
estava reservado para uma festa de casamento, almoçamos, fizemos algumas fotos e retornamos para Alter por volta das 16:00horas quando o restaurante encerrou o atendimento ao público. Retornamos para Alter, circulamos pelo centrinho para comprar
suvenir e depois fomos para a praia do Píer Azul, acompanhar o por do sol e o nascer da lua que naquele dia se uniram num espetáculo de rara beleza em perfeita sintonia com a natureza do lugar. Conta a lenda que em noites de lua os botos se transformavam
em homens para seduzir moças de comunidades ribeirinhas. Depois de nove meses, nasceria o resultado da união. A lenda foi bastante utilizada para explicar gestações fora do casamento de algumas moças, mas hoje é contada
com bom humor pelos nativos, como um dos símbolo da cultura local. Esse visual esplêndido que conhecemos em dois dias, desaparece completamente no inverno amazônico que vai de fevereiro a junho, quando as águas do Rio Tapajós
sobem e as praias ficam submersas deixando de fora só o topo de algumas barracas. Neste período os turistas ficam escassos e Alter do Chão volta a ser a pacata vila de pescadores. Em agosto, as águas baixam e as praias reaparecem tornando o vilarejo badalado novamente. Esse ciclo se repete a cada ano mas há pessoas que preferem visitar o local na época da cheia pois existem
passeios de barco pela floresta alagada que na época da seca não podem ser realizados.